A doença de Parkinson é uma condição neurodegenerativa progressiva que afeta principalmente a coordenação motora, o equilíbrio e a mobilidade. Mas seus impactos vão muito além do corpo: ela também influencia o sono, o humor, a autonomia e a qualidade de vida do paciente. Diante desses desafios, o uso do CBD no tratamento do Parkinson tem ganhado espaço como uma alternativa complementar em busca de mais conforto, segurança e estabilidade emocional.
Quando o tratamento tradicional não é suficiente
Embora existam medicamentos eficazes para o controle dos sintomas do Parkinson, muitos pacientes relatam efeitos colaterais importantes ou resposta limitada após alguns anos de uso. Com o tempo, o organismo pode apresentar flutuações motoras, rigidez acentuada, distúrbios do sono, dor crônica e quadros de ansiedade. Essas manifestações impactam diretamente o bem-estar e a rotina do paciente e de sua família.
Nesse cenário, cresce o interesse por terapias complementares que ajudem a melhorar a resposta ao tratamento e proporcionar mais qualidade de vida. O canabidiol (CBD), composto presente na cannabis medicinal, vem sendo avaliado justamente por seu potencial terapêutico nessas áreas.
O que os estudos indicam sobre o CBD
Pesquisas clínicas sugerem que o CBD pode contribuir com a regulação do sono, redução da ansiedade, melhora da dor e relaxamento muscular — sintomas frequentes em pessoas com Parkinson. Além disso, há indícios de que o CBD possui propriedades neuroprotetoras, atuando no controle do estresse oxidativo, um dos fatores relacionados à progressão da doença.
Importante destacar que o CBD não é uma cura para o Parkinson e nem substitui os medicamentos convencionais. Ele pode, sim, fazer parte de um plano de cuidado mais amplo, desde que com prescrição médica e acompanhamento contínuo.
Segurança, prescrição e cuidados necessários
No Brasil, o uso terapêutico de produtos à base de cannabis é regulamentado pela Anvisa, por meio da RDC nº 327/2019. Para iniciar o tratamento com CBD no contexto da doença de Parkinson, é necessário ter prescrição médica, seguir as orientações clínicas e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
A dosagem é individualizada, e o acompanhamento é fundamental para ajustar o tratamento de forma segura. O uso indiscriminado ou sem controle médico pode levar a efeitos adversos ou interferir em outras medicações já utilizadas.
Se você deseja entender melhor como a cannabis pode atuar em diferentes condições clínicas, acesse o artigo 7 fatos sobre a cannabis medicinal. E se quiser ver em quais quadros o uso terapêutico é mais comum, veja também as principais doenças que a cannabis pode tratar no Brasil.
Mais autonomia, menos sofrimento
O CBD no tratamento do Parkinson representa uma possibilidade real de promover mais conforto e dignidade no cotidiano de quem vive com essa condição. A escolha por uma abordagem complementar deve ser feita com responsabilidade, sempre considerando o histórico do paciente e os objetivos terapêuticos.
Se você ou alguém da sua família convive com Parkinson e quer saber mais sobre essa alternativa, fale com um profissional de saúde. Para receber informações seguras e atualizadas, acompanhe a Medsativa no Instagram ou entre em contato com nossa equipe pelo WhatsApp.
Conteúdo publicado sob responsabilidade técnica do Dr. Walter José Fagundes Pereira – CRM-ES 7178
Diretor Técnico da Clínica Medsativa – Cadastro CRM-ES nº 1153







